Com a vitória, o título e o espetáculo, o Brasil
cumpriu aquilo que o técnico Luiz Felipe Scolari promete desde que assumiu o
cargo em novembro. Mandou uma mensagem clara aos rivais: está entre os
favoritos para conquistar a Copa do Mundo do ano que vem, quando também jogará
em casa. E, da forma com que a equipe tem se relacionado e recebido o apoio da
torcida, irá entrar em campo fortalecida a cada partida que jogar no Mundial.
O título é o quarto da seleção brasileira, maior campeã da história da Copa das Confederações. O Brasil venceu também as edições de 1997, 2005 e 2009. Agora, a meta é acabar com uma escrita: sempre que faturou o torneio, decepcionou na Copa do Mundo do ano seguinte. Em compensação, na véspera do penta, em 2001, ficou fora até do pódio.
Com os dois gols que marcou neste domingo, Fred assumiu a artilharia do torneio, empatado com o espanhol Fernando Torres, ambos com cinco. E o atacante brasileiro ainda deu azar na Copa das Confederações: não teve o privilégio de enfrentar o saco de pancadas Taiti na primeira fase. Mas o grande nome da conquista do Brasil foi mesmo Neymar.
Pela parte da Espanha, a derrota encerra, ou pelo menos coloca em dúvida, um período de seis anos dominando o futebol mundial. Nesse período, venceu duas edições da Eurocopa e também a Copa do Mundo de 2010 - já eram 29 jogos de invencibilidade em competições oficiais. Se os espanhóis usaram a goleada por 4 a 0 sobre a Itália na decisão do último campeonato europeu como prova da sua superioridade, agora terão que conviver por pelo menos um ano com esses 3 a 0 do Brasil na cabeça.
O JOGO
Logo num dos primeiros lances da partida, o Brasil tentou dar show, mas lembrou que gol feio também vale. A jogada começou com Hulk, que arriscou um passe de chaleira e tocou totalmente torto. Só que a bola caiu em Oscar, que devolveu para o atacante. Da ponta direita, ele cruzou na área. Fred resvalou, a bola bateu no calcanhar de Neymar, na mão de Arbeloa e voltou para Fred. Mesmo caído, ele conseguiu o gol que abriu o placar com apenas um minuto.
O título é o quarto da seleção brasileira, maior campeã da história da Copa das Confederações. O Brasil venceu também as edições de 1997, 2005 e 2009. Agora, a meta é acabar com uma escrita: sempre que faturou o torneio, decepcionou na Copa do Mundo do ano seguinte. Em compensação, na véspera do penta, em 2001, ficou fora até do pódio.
Com os dois gols que marcou neste domingo, Fred assumiu a artilharia do torneio, empatado com o espanhol Fernando Torres, ambos com cinco. E o atacante brasileiro ainda deu azar na Copa das Confederações: não teve o privilégio de enfrentar o saco de pancadas Taiti na primeira fase. Mas o grande nome da conquista do Brasil foi mesmo Neymar.
Pela parte da Espanha, a derrota encerra, ou pelo menos coloca em dúvida, um período de seis anos dominando o futebol mundial. Nesse período, venceu duas edições da Eurocopa e também a Copa do Mundo de 2010 - já eram 29 jogos de invencibilidade em competições oficiais. Se os espanhóis usaram a goleada por 4 a 0 sobre a Itália na decisão do último campeonato europeu como prova da sua superioridade, agora terão que conviver por pelo menos um ano com esses 3 a 0 do Brasil na cabeça.
O JOGO
Logo num dos primeiros lances da partida, o Brasil tentou dar show, mas lembrou que gol feio também vale. A jogada começou com Hulk, que arriscou um passe de chaleira e tocou totalmente torto. Só que a bola caiu em Oscar, que devolveu para o atacante. Da ponta direita, ele cruzou na área. Fred resvalou, a bola bateu no calcanhar de Neymar, na mão de Arbeloa e voltou para Fred. Mesmo caído, ele conseguiu o gol que abriu o placar com apenas um minuto.
Era só o começo de um jogo emocionante. Empurrado pela torcida, que começou a cantar que "o campeão voltou", o Brasil fechou as portas para as trocas de bola da Espanha e assustou quando chegou ao ataque. Aos 8 minutos, Neymar tentou o toque para Marcelo em profundidade, a bola desviou na zaga e sobrou para Fred. O centroavante, inteligente, tocou rápido de calcanhar, bem no estilo espanhol mesmo, e deixou Oscar na cara do gol. Mas o meia bateu mal, à direita da trave.
Foi também na base da escola espanhola que o Brasil criou outra chance aos 13 minutos. A equipe brasileira marcou pressão no campo de ataque, Paulinho e Oscar cercaram Iniesta, roubaram-lhe a bola e o volante, esperto, tentou bater de cobertura. Casillas conseguiu se recuperar, mas a bola ainda bateu na trave.
O jogo, que já era disputado, ficou nervoso mesmo aos 15 minutos. O Brasil roubou a bola no campo de defesa e Neymar foi lançado em velocidade. Ganharia de Arbeloa na corrida, para sair na cara de Casillas, mas foi derrubado. O árbitro holandês Kuipers deu só amarelo para o lateral. Os espanhóis reclamaram que Neymar se jogou - ele foi puxado, mas exagerou na queda. Os brasileiros também protestaram, dizendo que o cartão deveria ser vermelho.
Depois de mais um momento de tensão, com Busquets tentando agredir Fred no meio da confusão, a Espanha reagiu. Iniesta teve um lampejo, passou por Marcelo e arriscou de longe. Julio Cesar pegou no canto. Na cobrança de escanteio, Fernando Torres cabeceou livre, por cima. Juan Mata, novidade na escalação da Espanha no lugar do Fábregas, deveria deixar a equipe mais ofensiva, mas mal tocava na bola.
O Brasil mostrava que aprendeu com a Itália, que só perdeu nos pênaltis na semifinal com a Espanha, e se lançava rápido ao ataque sempre que tinha a posse da bola. Foi assim, que, aos 28 minutos, a bola chegou até Oscar, que invadiria a área sozinho se não fosse derrubado por Sérgio Ramos. Novamente os brasileiros não se contentaram com o cartão amarelo recebido pelo jogador do Real Madrid.
Foi também na base do contra-ataque que a seleção brasileira criou sua melhor chance dentre as perdidas. Neymar recebeu pela esquerda, avançou carregando a bola e acertou um passe entre dois defensores espanhóis. A bola chegou no meio da área até Fred, que dominou com perfeição, mas chutou mal, em cima de Casillas.
Quando a Espanha passava a dominar o jogo, o Brasil viveu seu único momento de preocupação. Hulk perdeu bola no ataque, Thiago Silva foi tentar matar a jogada no meio e deixou David Luiz sozinho com dois espanhóis. Pedro recebeu passe de Mata e, sozinho diante Julio Cesar, bateu rasteiro, mas David Luiz se recuperou e tirou de carrinho, a um metro da linha do gol. A bola subiu e passou raspando o travessão, evitando o gol.
A resposta veio na forma de gol. Aos 43 minutos, Neymar recebeu pela esquerda e fez jogada individual, mas ela não rendeu. O atacante, então, voltou para Oscar. Aí, o meia esperou Neymar sair da posição de impedimento e devolveu a bola. O craque recebeu e bateu forte, fuzilando Casillas: 2 a 0.
A Espanha voltou com Azpilicueta no lugar de Arbeloa, porque o lateral não só não conseguia parar Neymar como já tinha cartão amarelo. Mas o defensor do Chelsea nem tocou na bola e o placar já estava 3 a 0. Marcelo começou a jogada, mas foi Hulk quem lançou Neymar. O craque aproveitou que a bola foi um pouco atrás e fez o corta-luz, surpreendendo os espanhóis. Aí, chegou fácil até Fred, que bateu de primeira, com a chapa do pé, no canto esquerdo baixo de Casillas.
Mesmo precisando de pelo menos três gols, o técnico Vicente Del Bosque foi conservador. Para colocar novo gás com Jesus Navas, tirou Juan Mata. No papel, o time não mudou. Mas logo Jesus Navas conseguiu um pênalti, sendo tocado na área por Marcelo. Sergio Ramos colocou a bola embaixo do braço e foi para a cobrança, mas mandou à direita do gol de Julio Cesar, que estava nela. A batida ainda resvalou na trave antes de sair.
O lance acabou completamente com a chance de reação da Espanha, que trocou Fernando Torres por David Villa em seguida. O Brasil soube explorar, enquanto a torcida delirava. Aos 13 minutos, Hulk recebeu passe de Neymar e tentou encobrir Casillas, mas o goleiro saiu bem. Aos 18, Marcelo desceu pela esquerda, chegou à linha de fundo e poderia rolar para Fred se consagrar, mas tentou fazer o dele e mandou na rede.
O melhor em campo, Neymar tentou uma jogada individual aos 22 minutos. Atravessou o campo de ataque na corrida, com a bola dominada, pelo meio, e depois de driblar Piqué, o último homem da defesa espanhola, levou um pontapé por trás. O zagueiro recebeu o cartão vermelho direto e nem teve muito ânimo para reclamar.
Dali em diante, o show ficou por conta da torcida, que, antes do apito inicial, já havia dado o tradicional espetáculo na hora do Hino Nacional. Enquanto eram dominados, os espanhóis tiveram que ouvir de tudo, inclusive o canto de "olé", tradicional nas touradas da Espanha.
Único criticado entre os titulares quando o time começou a ser formado por Felipão, o atacante Hulk saiu de campo aplaudido para dar lugar ao meia Jadson, que debutou na competição. Fred, que ainda brigava pela artilharia, deu lugar a Jô e também foi ovacionado por um Maracanã em festa.
Mesmo com todo mundo sabendo que o Brasil seria campeão, os dois times ainda buscaram o gol. Pedro e David Villa deram trabalho com chutes cruzados só para Julio Cesar dizer que também trabalhou no jogo do título. Jô teve a oportunidade de fazer o quarto, mas arriscou enquanto outros pediam a bola e chutou fraco. A torcida, no entanto, já comemorava o título há muito tempo no Maracanã.
BRASIL 3 X 0 ESPANHA
BRASIL
Júlio César; Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e Marcelo; Luiz Gustavo, Paulinho (Hernanes) e Oscar; Hulk (Jadson), Fred (Jô) e Neymar
Técnico: Luiz Felipe Scolari
ESPANHA
Casillas; Arbeloa (Azpilicueta), Sérgio Ramos, Piqué e Jordi Alba; Busquets, Xavi, Iniesta e Mata (Jesús Navas); Pedro e Fernando Torres (David Villa)
Técnico: Vicente del Bosque
Motivo: final da Copa das Confederações
Local: Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ)
Data: domingo, 30 de junho de 2013
Gols: BRASIL: Fred, a 1', e Neymar, aos 43' do 1ºT; Fred, aos 2' do 2ºT
Árbitro: Bjorn Kuipers (Holanda)
Assistentes: Sander van Roekel e Erwin Zeinstra (ambos da Holanda)
Cartões amarelos: Arbeloa, Sergio Ramos (Espanha)
Cartão vermelho: Piqué (Espanha)