Serão
oferecidas 5.553 bolsas para alfabetizadores e 925 para
alfabetizadores-coordenadores, além de bolsas para tradutores-intérpretes
Quem desejar
se tornar bolsista voluntário do Programa Brasil Alfabetizado tem agora até o
dia 30 de setembro para fazer a inscrição. Os interessados devem procurar os
escritórios regionais do Instituto de Desenvolvimento do Norte e Nordeste de
Minas Gerais (Idene), de 8h às 18h.
Segundo o diretor-geral do Idene, Ricardo Campos, a data foi prorrogada para
que mais pessoas tenham a chance de participar do programa e para que todas as
vagas sejam preenchidas. Um balanço parcial do inscritos será divulgado na
próxima sexta-feira (04/9).
Número de
bolsas
Serão oferecidas 5.553 bolsas para alfabetizadores e 925 para
alfabetizadores-coordenadores. Já as bolsas para tradutores-intérpretes serão
conforme demanda das turmas. A meta desta etapa do programa é alfabetizar 80
mil pessoas nos 258 municípios das regiões dos vales do Jequitinhonha, Mucuri e
Rio Doce, Central, Norte e Noroeste de Minas Gerais.
Logo após a fase de inscrição, será feito o processo de seleção/homologação dos
bolsistas voluntários aprovados. Em seguida, nos meses de outubro e novembro,
inicia-se a fase cadastramento das turmas no sistema do Governo Federal,
Sistema Brasil Alfabetizado (SBA).
A formação inicial da rede de formadores está prevista para os meses de
novembro, dezembro e janeiro. O início das aulas está previsto para
fevereiro/2016, com uma carga horária de 10 horas/aula semanais.
A previsão é que, num prazo de oito meses, os alfabetizandos já consigam ter
domínio da escrita e da leitura. Cada turma da área urbana deverá ter entre 14
e 25 alunos, já na área rural o número pode variar de 7 a 25. Todos os
profissionais receberão uma bolsa/auxílio, cujo valor é de R$ 400,00 para
alfabetizadores e de R$ 600,00 para coordenadores de turma.
Programa
Brasil Alfabetizado
Um dos objetivos do programa é reduzir o índice de analfabetismo com a
universalização da alfabetização de jovens adultos e idosos, proporcionando a
continuidade dos estudos com a conclusão do ensino fundamental, nas turmas
regulares da Educação de Jovens e Adultos (EJA).
O Brasil Alfabetizado é desenvolvido em Minas Gerais por meio de parceria entre
o sistema Sedinor/Idene e o Governo Federal. Segundo o secretário da Sedinor,
Paulo Guedes, com a ampliação no número de vagas, que passou de 30.136 para 80
mil alfabetizandos, o programa chega a todos os 258 municípios da área de
abrangência da secretaria.
“O problema do analfabetismo na maior parte dos municípios do Norte e Nordeste
de Minas Gerais ainda é crônico, chegando a cerca de 35% da população em alguns
deles. Mudar esses números é um passo importante para conseguirmos diminuir as
desigualdades sociais que ainda marcam as condições de vida nessas regiões”,
destaca o secretário.
Oportunidade
Há uns anos, o mecânico Valdoir Antônio de Souza, de 49 anos, fazia parte deste
índice. Mas o morador de Santa Fé de Minas, no Norte de Minas, aproveitou a
chance do programa Brasil Alfabetizado para fazer o primeiro grau.
Ele conta que não frequentou a escola na época certa porque faltou incentivo
dos pais e depois porque tinha que trabalhar e sustentar a família. “O programa
é uma oportunidade para as pessoas que não puderam frequentar a escola na época
certa”, afirma o mecânico que pensa em continuar os estudos.