Trabalhadores e trabalhadoras da educação do Estado
de Minas Gerais decidiram entrar em greve por tempo indeterminado a partir da
próxima quarta-feira (21). A paralisação foi aprovada em assembleia geral
realizada na tarde de quinta-feira (15), no pátio da Assembleia Legislativa
(ALMG), e coordenada pelo Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação
(Sind-UTE/MG). Educadores e educadoras, que paralisaram as atividades nesta
quinta-feira, reivindicam na campanha salarial de 2014, entre outros itens, o descongelamento
da carreira, o pagamento do Piso Nacional Profissional, a nomeação dos
concursados e solução para os efetivados sem concurso pela Lei 100/2007,
considerada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Com a decisão
do STF, mais de 90 mil efetivados estão ameaçados de perder o emprego.
“A estratégia do governo do Estado é não negociar.
Já avisou que não vai ter modificação na carreira ou vai discutir reajuste
antes de outubro. O momento é agora ou só teremos chance de conquistas em 2015.
Por isto propomos a greve por tempo indeterminado a partir de 21 de maio, com
nova assembleia no dia 28 de maio. Ou o governo paga o que nos deve ou vamos
parar tudo”, falou a presidenta da CUT/MG e coordenadora-geral do Sind-UTE/MG.
Após a assembleia, Beatriz Cerqueira, os deputados
Padre João e Rogério Correia e profissionais da educação se dirigiram ao
Ministério Público Federal onde foi protocalada uma ação de improbidade
administra contra os ex-governadores Aécio Neves e Antonio Anastasia responsáveis
pela implantação no Estado da Lei 100/2007. “Pedimos ao Ministério Público
Federal apuração de crime de responsabilidade por causa da efetivação sem
concurso dos educadores, que, por causa da inconstitucionalidade da lei, vão
ser exonerados”, afirmou Beatriz Cerqueira.
Parte dos educadores e das educadoras saiu em
passeata até a Praça Raul Soares para o Ato Unificado 15 M – Direito à Cidade,
articulado pelo movimento Tarifa Zero e pela Articulação dos Comitês Populares
da Copa (Ancopa).
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