Promover melhorias na produção, na logística e na
comercialização dos produtos do Projeto Jaíba, desenvolvido no município de
Jaíba, na região Norte de Minas Gerais. Esse é o objetivo de um convênio
firmado neste ano entre oGoverno de Minas e
o Japão. Como parte desse acordo que tem várias etapas e duração de três anos,
extensionistas da Empresa de Assistência Técnica e Extensão
Rural de Minas Gerais (Emater-MG) visitaram
o país asiático para a troca de informações sobre as cadeias produtivas da
banana, limão, manga, mamão e pinha.
A
parceria entre o Japão e Minas Gerais tem sido importante para a implantação e
desenvolvimento do Projeto Jaíba. Recentemente, por meio da Japan International
Cooperation Agency (Jica), da Secretaria de Estado de Agricultura,
Pecuária e Abastecimento (Seapa) e da Secretaria
de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede), foi implantado no
projeto o Programa de Melhoria da Qualidade da Fruta e Comercialização, com
foco na melhoria da qualidade, da logística e da comercialização de frutas.
Também participa da iniciativa a Central Exportaminas, órgão
ligado à Sede e que tem como objetivo facilitar as exportações, ampliando as
oportunidades dos produtos brasileiros no mercado internacional.
A missão
técnica brasileira que visitou o Japão era formado pelos técnicos da Emater-MG,
Cláudio Augusto Bortolini, André Caxito e Vanderley Souza; pela pesquisadora da Epamig,
Ariane Castricini; pelo engenheiro agrônomo e fruticultor, Marcelo Meireles; e
pelo consultor da Nippon Koei do Brasil, Roberto Kurocawa.
Nessa
primeira visita, os brasileiros conheceram melhor a experiência japonesa em
logística e mercado de frutas. “Nós tivemos a chance de aprender como funciona
o controle de qualidade das frutas no Japão e de conhecer todo o processo desde a produção à comercialização
dos produtos”, diz o gerente do Departamento Técnico da Emater-MG, Cláudio
Bortolini.
Os
integrantes da missão técnica brasileira ficaram no Japão por 15 dias. Eles conheceram empresas
fabricantes de equipamentos, tiveram contato com técnicos da área de produção,
obtiveram informações sobre o modelo de organização dos agricultores japoneses,
logística, vendas, pesquisa e turismo. Além disso, o grupo visitou uma estação
experimental voltada para o melhoramento das culturas da uva, pêssego, ameixa,
cereja e pesquisas sobre a produção de vinhos. Os brasileiros também visitaram
supermercados e mercados de frutas.
“Ficou
evidente a organização dos produtores, a preocupação com a qualidade no
transporte, armazenamento, classificação, embalagem e expedição das frutas.
Notamos também a preocupação deles com a assistência técnica especializada,
pesquisa e extensão. E o apoio governamental, que participa com 50% de todo o
investimento”, conta Bortolini.
De volta
ao Brasil, os extensionistas da Emater-MG elaboraram planos de ação com base na
visita ao Japão. A ideia é implantar no Projeto Jaíba os procedimentos adotados
pelos japoneses com relação à produção e comercialização de frutas. Entre as
metas previstas estão a adoção de nova metodologia de assistência técnica e
extensão rural e o fortalecimento do cooperativismo para a produção e
logística. As ações serão focadas em programas voltados para a comercialização,
citricultura, alimentação escolar, energia elétrica e saneamento rural.
Atualmente,
a Emater-MG é responsável pelos serviços de assistência técnica aos produtores
do Projeto Jaíba. A Nippon Koei do Brasil, empresa contratada pelo governo
japonês, faz o monitoramento das lavouras e da logística das frutas até o
mercado.
Projeto
Jaíba
O
Projeto Jaíba é desenvolvido por meio de parceria entre os governos federal,
estadual e municipal. A iniciativa visa
promover, com base na tecnologia de irrigação, o desenvolvimento sustentável da
agricultura, estimular a agroindústria e a participação da região nos mercados
interno e externo. A
fruticultura é uma das principais atividades desenvolvidas no local, correspondendo a 42% da área
plantada. A lista
inclui frutas como banana, uva, atemoia,
limão e manga. Atualmente, a Emater-MG atende a 1.617 produtores rurais do
projeto.