terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Professores enaltecem as mudanças da rede estadual de ensino para o ano letivo de 2015

 Professores da rede estadual de ensino receberam com satisfação as novidades anunciadas pela Secretaria de Educação para o ano letivo de 2015. Resoluções publicadas no Diário Oficial do Estado, em janeiro, anunciaram medidas que remodelam aspectos importantes da estrutura pedagógica e aperfeiçoam o funcionamento das escolas estaduais, beneficiando profissionais da educação e alunos.
Dentre as novidades, está a permissão para que o professor habilitado em Educação Física lecione em turmas dos anos iniciais do ensino fundamental. Até o ano passado, o responsável por conduzir as aulas era o regente de turma. A aula somente será ministrada pelo regente da turma caso a escola não tenha um professor efetivo ou não consiga contratar um designado habilitado.
“Nessa fase, os meninos estão mais motivados para fazer atividades motoras. Quando você pega um profissional que não está capacitado, ele trabalha somente a questão da recreação e do lazer. Então, a educação física fica em segundo plano e não se faz um trabalho específico e adequado”, avalia a professora de educação física da Escola Estadual Professora Inês Geralda de Oliveira, de Belo Horizonte, Gilce Félix Chaves.
A profissional esclarece que a fase de desenvolvimento da coordenação motora ocorre, sobretudo, na faixa etária entre os 6 e 10 anos de idade. Por isso, é essencial que os pequenos tenham o acompanhamento de um especialista ao desenvolveram atividades físicas. “Eu fico feliz porque gosto justamente de trabalhar com essa faixa etária. Com o governo antigo perdi meu cargo com a mudança da regra. Mas, agora, posso novamente dar aulas”, comemora Gilce.
Outra novidade é que o educador com uma jornada de trabalho inferior a 24 horas semanais - por lei, 8 horas (um terço do total) devem ser preenchidas com atividades extra classe - poderá completar sua carga horária sem precisar renovar o vínculo todo ano, como era feito anteriormente. A mudança agrega mais estabilidade à carreira do professor, que iniciará cada ano com a certeza da quantidade de horas que vai lecionar.
“Nunca tive essa oportunidade. Agora, tenho certeza de que vou receber sempre o meu salário completo. Cheguei na escola há três anos e ficava na expectativa disso acontecer”, enfatiza a professora de Língua Inglesa da Escola Estadual Imaculada Conceição, em Pedro Leopoldo, Denise Moreira. Neste ano, a profissional conseguiu ampliar sua carga horária de 10 para 16 horas, limite estabelecido para a realização de atividades em sala de aula.
Após essa alteração, a carga horária não poderá ser reduzida, salvo na hipótese de remoção e de mudança de lotação, com a expressa concordância do professor. Nesse caso, a remuneração será proporcional à nova carga horária.
Reinventando o Ensino Médio
Uma das resoluções da Secretaria de Educação suspende as atividades do Programa Reinventando o Ensino Médio, que volta a ter carga horária anual de 833 horas e 20 minutos e uma carga horária total de 2.500 horas. A partir de agora, os conteúdos básicos do ensino médio estarão organizados em quatro áreas do conhecimento: Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza e Ciências Humanas, conforme estabelecem as diretrizes nacionais. Com a paralisação do Reinventando o Ensino Médio, deixa de existir o sexto horário de aulas.
“O Reinventando o Ensino Médio foi suspenso porquê havia uma demanda muito diferente dos municípios e também das escolas estaduais e dos profissionais da educação. Uma questão fundamental estava ligada ao sexto horário, que não foi acobertado com o financiamento para o transporte escolar”, explicou a secretária de Estado de Educação, Macaé Evaristo, em entrevista à imprensa.
Uma das alternativas apontadas para garantir o desenvolvimento do Ensino Médio é fortalecer o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), programa do Governo Federal. Uma forma é disponibilizar o espaço das escolas para cursos do Pronatec. Em 2014, o Pronatec tinha 26.364 alunos matriculados em cursos técnicos, sendo que 12.887 faziam cursos em escolas estaduais. Em cursos de Formação Inicial e Continuada (FIC), Minas teve, em 2014, 147.091 matrículas.

Treze cidades mineiras já decretaram situação de emergência em 2015

FOTO SITE
JOSÉ VÍTOR CAMILO
Somente neste ano 13 cidades mineiras decretaram situação de emergência em decorrência da longa estiagem que vem atingindo o Estado. Em dezembro do ano passado, outros sete municípios também tomaram a medida pelo mesmo motivo. Até esta terça-feira (3), o total de 118 decretos continuavam vigentes no Estado, sendo que 80% deles fazem parte do período de seca dos meses de agosto, setembro e outubro do ano passado.
A informação foi divulgada no boletim diário da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec), sendo que dos 13 municípios cinco estão localizados na região Norte do Estado. Apesar da situação crítica dos reservatórios do Estado, o órgão não considera que estes decretos sejam novidade, já que também ocorreram no primeiro mês de 2013 e 2014. Entretanto, os registros nos outros anos foram, respectivamente, de seis e oito municípios.
Neste ano, a última a assinar o decreto, na última quarta-feira (28), foi Riacho dos Machados, cidade de cerca de 9 mil habitantes localizada no Norte de Minas. Somente na última segunda-feira (26), outros três municípios adotaram a medida, sendo eles Mathias Lobato, no Vale do Rio Doce, Cachoeira do Pajeú, no Jequitinhonha, e Visconde do Rio Branco, na Zona da Mata.
São Francisco, no Norte do Estado, decretou emergência por conta da estiagem no último dia 23 de janeiro, mesma data em que o prefeito de Ubá, na Zona da Mata, também assinou o decreto. As outras cidades que também adotaram a medida em 2015 são: Felício dos Santos (21/01), no Jequitinhonha; Formoso (22/01), na região Noroeste; Nova Porteirinha (19/01), no Norte; Itambacuri (19/01), no Rio Doce; Francisco Badaró (14/01), no Jequitinhonha; Mamonas (12/01), no Norte do Estado; e Brasília de Minas (12/01), também no Norte.
Das sete cidades que decretaram a situação de emergência no último mês de 2014, seis também são do Norte do Estado, sendo elas Mato Verde, Vargem Grande do Rio Pardo, Montes Claros, São João das Missões, Bonito de Minas e Riachinho. Apenas Berilo, localizada no Jequitinhonha, também assinou o decreto em dezembro.
O número de municípios em situação de emergência por conta de seca e estiagem cairá para 118 nesta terça-feira (3), quando o decreto da cidade de Capitão Enéas, também no Norte do Estado, deixará de ter validade.
No fim de janeiro, a Cedec divulgou que dos 224 municípios mineiros que funcionam com redes de abastecimento locais, 49 já estão operando com racionamento e outros 14 implementaram o sistema de rodízio. Nos municípios abastecidos pela Copasa, 87 apresentam restrição no fornecimento de água e, destes, 62 estão em situação de eminente colapso de abastecimento. Campanário, no Vale do Rio Doce e Urucânia, na Zona da Mata já se encontram em colapso.
Como funciona o decreto
O decreto de estado de emergência é um ato administrativo que visa encontrar uma situação jurídica especial para facilitar a resolução do problema. Ainda conforme o Cedec, eles tem uma duração de seis meses (180 dias), sendo que o decreto pode ser arquivado antes desse prazo caso a situação se normalize ou a emergência não seja confirmada após análise.  Com isso, nesta quinta-feira (22) o número de municípios em emergência pela seca passará para 109, uma vez que um dos decretos em vigência nesta quarta-feira passará do prazo.

Além de auxiliar os municípios a angariarem benefícios com o Governo Federal ou Estadual, o documento também possibilita a dispensa das licitações em caso de serviços ou produtos adquiridos para amenizar as dificuldades vividas nos municípios. O benefício é garantido pelo artigo 24 da Lei 8.666, entretanto, para conseguir a dispensa é preciso seguir várias normas pré-estabelecidas, como a comprovação da urgência da contratação, exposição do motivo da escolha do contratado, justificativa de preço e que a contratação seja feita dentro dos 180 dias desde o decreto, entre outras.
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