Menos de 24 horas após a saída de
Celso Roth, o Cruzeiro apresentou o comandante para a temporada 2013. Mineiro,
de Pedro Leopoldo, Marcelo Oliveira foi o escolhido pela diretoria para buscar
um futuro diferente daquilo que foi apresentado nas duas últimas temporadas.
O treinador chega pronto para
enfrentar o desafio de comandar um Novo Cruzeiro. A ideia é trabalhar para
reconstruir o futebol envolvente, com toque de bola rápido e muitos gols que é
a principal característica do Cruzeiro porém se perdeu nos últimos anos.
O rótulo de atleticano e a rejeição
da torcida não assustam. O profissionalismo e o conhecimento adquirido nas
temporadas, principalmente com o Coritiba, o credenciam para enfrentar a
batalha que se apresenta.
Para isso, Marcelo Oliveira conta com
a união do grupo, diretoria e a chegada de reforços. A contratação de Diego
Souza, a manutenção de Montillo e a valorização da base são pilares levantados
e defendidos pelo novo comandante.
Por fim, o treinador confirmou que a
pré-temporada começará no dia 07 de janeiro, durará aproximadamente um mês e
culminará com o clássico contra o Atlético, dia 03 de fevereiro, na abertura do
novo Mineirão.
O novo comandante chega ao Cruzeiro
com três pessoas de confiança na comissão técnica: Tico, auxiliar técnico,
Juvenílson de Souza, preparador físico, e Ageu, segundo auxiliar, para ver
jogos do adversário e observar as categorias de base.
Confira as declarações de Marcelo
Oliveira:
Felicidade, honra e
estímulo
“Quero manifestar minha felicidade e
honra em ser apresentado como técnico do Cruzeiro. Houve, no ano passado, uma
sondagem, mas, por questão ética, fiquei no Coritiba. Mas agora posso fazer um
grande trabalho aqui. Me estimula trabalhar em um grande clube”.
Desafio
“Quando saí de Minas há quatro anos,
saí para me preparar para trabalhar em grandes clubes. O Cruzeiro tem tradição,
conquistas, estrutura, torcida numerosa, exigente também”.
Trabalho em
conjunto
“Chego com muita gana para fazer
muito trabalho conjunto, com a diretoria, a comissão e os jogadores”.
Diego Souza
”O Diego Souza, por exemplo, estava
sendo pretendido por vários clubes. Foi uma grande contratação”.
Montillo
“A manutenção do Montillo é
imprescindível”.
Um Cruzeiro
diferente
”Quero o Cruzeiro jogando com boa
técnica, bom toque, agredindo e fazendo muitos gols”.
Predominância das
características de cada atleta
“Obviamente, não posso trazer a
fórmula que deu certo no Coritiba e implantar aqui. A melhor maneira é utilizar
os melhores jogadores sem agredir a característica deles e aí formar modelo de
time”.
Esquema tático
“Gosto de time que se recompõe
rápido, com jogadores que marquem e saibam jogar, e agredir sempre. Nas duas
temporadas, o Coritiba foi um dos melhores ataques do Brasil. Tem que ter
comprometimento de recomposição quando não estiver com a bola. Comigo, o
Cruzeiro será um time envolvente”.
Em busca de
reforços
“Naturalmente, acho que o Cruzeiro
tem uma base de time bom, mas vamos agregar em alguns setores. O mercado está
restrito, com grande concorrência. Mas diretoria do Cruzeiro está atenta a tudo
e vamos montar um elenco muito forte”.
Estrutura de
trabalho no Cruzeiro
“A estrutura do Cruzeiro é uma das
melhores do Brasil. Também conheço as pessoas. Toda a expectativa, esse
horizonte que tenho a minha frente, me estimulam. Estou bastante feliz,
honrado, orgulhoso e sabendo que vou ter que trabalhar muito. Não tem outro caminho
se não os resultados.”
Pré-temporada longa
“Minas tem um privilégio, que é tempo
de pré-temporada maior. No Paraná, tivemos oito dias. É muito legal essa
mudança que dá condição de se preparar melhor. Gera muita contusão essa
pré-temporada curta”, destacou.
Estreia no clássico
“É importante jogar um clássico. O
clássico gera uma motivação, uma mobilização natural. Esperamos, no início de
fevereiro, estar com um time bem treinado para enfrentar o adversário”.
Ligação com o
Atlético-MG
“Achei que esse tipo de situação
tinha sido superada pela ideia do profissional que saiu, que colocou o nome no
mercado nacional, que tem o reconhecimento nacional pelo trabalho executado
principalmente no Coritiba. Ficamos um ano e nove meses, foi um tempo quase
recorde no Brasil, e não estou preocupado com isso. Sou um profissional sério,
trabalho com correção, comprometimento, e vou vestir essa camisa com muita
honra e orgulho”
Oportunidade para a
base
“Precisamos de uma filosofia de base.
Vamos aproveitar a base, dar tempo e lançar gradativamente esses jogadores, não
como solução mas como parte do elenco que está buscando espaço. Sou oriundo da
base e gosto muito de trabalhar isso. Vejo uma vantagem, que é a identificação
com o Clube, distante até do vínculo comercial.”
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