Por Carlos Eduardo Cherem - O aposentado José Cícero da Silva,
73, a mulher Maria de Fátima Raimundo, 60, e as filhas Elizabeth Raimunda
Silva, 32, e Maria Franciele Silva, 26, ficaram 24 horas na fila à frente de um
galpão, no bairro Bonfim, em Belo Horizonte, para receber três quilos do peixe
chicharro (de tamanho pequeno, semelhante à sardinha), com preço médio de R$ 8
no comércio da capital mineira.
A distribuição em um galpão situado
no ponto mais tradicional do comércio de peixes na capital mineira, toda
Sexta-feira Santa, é feita há 24 anos pelo empresário Afonso Brade Teixeira,
60.
Ele não dá detalhes sobre a
distribuição de peixe chicharro. "É uma promessa que fiz", disse.
Teixeira tampouco informa a quantidade de peixes distribuídos, nem diz quanto
investe na ação beneficente. Segundo ele, essas revelações tirariam o
sentido da caridade que faz e que aprendeu com o avô, quando ainda era criança
em Moeda (62 km de Belo Horizonte), em Minas Gerais.
"Meu avô distribuía de graça o
leite que produzia na Sexta-Feira Santa. Eu distribuo peixe. Tenho satisfação
nisso", afirmou.
A reportagem do UOL verificou que a
fila, de cerca de 300 metros de extensão, começou a se formar às 9h desta
quinta-feira (17). A todo momento, uma pessoa chegava para receber a doação. Ou
famílias inteiras.
"A pessoa recebe o peixe,
entrega para outra pessoa da família que fica aguardando, e entra na fila de
novo. Demora para acabar. Mas todo mundo que tiver na fila vai receber, ainda
mais que a fila está menor este ano", afirmou o empresário
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