Após a concessão de 79 novas
placas de táxi no município, ampliando para 200 o número da frota, parte dos
profissionais que trabalham no ramo não estão satisfeitos com mudanças
previstas no edital. Antes da homologação, os pontos de táxis eram fixos, ou seja,
cada motorista tinha seu local de trabalho determinado. Sendo assim, pegar
passageiros em outro ponto não era permitido. De acordo com a nova regra, além
da criação de novos pontos, os mesmos passam a ser livres, isto é, os taxistas
podem parar em qualquer um dos locais previstos pelo edital. Para alguns
profissionais, entretanto, a nova regra poderá prejudicar o seu trabalho.
Muitos deles compareceram na Reunião Ordinária desta terça-feira (13/05), a fim
de reivindicarem uma solução para o caso.
Para Edcarlos Campos, taxista há 14 anos no ponto da rodoviária
da cidade, a nova medida trará prejuízos a quem já está no ofício a mais tempo.
"Não somos contra as novas licitações, o que queremos é que os pontos
fixos continuem dessa maneira para os mais antigos e que se criem novos pontos
para quem está entrando agora. Dessa maneira ninguém será prejudicado, uma vez
que se perdemos os pontos, perderemos também nossos clientes, ou seja, teremos
perda financeira. Sem contar que com os pontos livres ficaremos rodando pela
cidade até encontrarmos um disponível", diz o motorista.
Há mais de 40 anos o número de táxi em Montes Claros não era
ampliado. Com a alteração na Lei 07 de fevereiro de 1972, com a revogação das
Leis nº 1.421, de 05 de agosto de 1983 e 2.901, de 28 de maio de 2001, através
do Projeto de Lei nº 78, de 10 de junho de 2013, a nova legislação tem como
objetivo atender a demanda atual do município e amenizar a carência na
prestação dos serviços de táxis na cidade. Segundo o Vereador Eduardo Madureira
(PT), a criação da legislação visa ainda dar mais estabilidade aos
trabalhadores. "Eu não sou contra a classe dos taxistas. Nós criamos uma
legislação justamente para dar mais segurança aos profissionais da área. Eu sou
a favor do cumprimento da Lei, que define ponto livre para todos os taxistas
credenciados. Sem privilégios para grupos específicos", defende o
parlamentar.
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