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Por Adeilza Santos - Aconteceu no dia18/06/2014, quarta-feira o II Seminário de Agricultura
Familiar em Porteirinha com o tema: Uso de Tecnologias Sociais para a
convivência com o semiárido. O evento realizado pelo Sindicato dos
Trabalhadores Rurais de Porteirinha, SEBRAE, NESTLÊ, e Prefeitura Municipal de
Porteirinha contou com a presença dos palestrantes Cláudio Magalhães Mendes,
médico veterinário/UFV, e, Paulo Suassuna, engenheiro agrônomo/UFRPE. Ambos
falaram sobre plantas que são resistentes à seca e que servem de alimento para
animais no período da estiagem.
As regiões semiáridas têm poucos períodos de chuva durante o ano, o que
provoca falta de água para lavouras e animais, causando a mortandade destes,
Paulo Suassuna citou alguns dados de regiões semiáridas que enfrentam todos os
anos longos períodos de estiagem, o que faz com que vários agricultores percam
seus animais por não terem alimentos para criá-los.
Daí a necessidade de produzir alimentos que resistam à seca, e que
garanta alimentação para todos os períodos do ano aos animais. Dentre as
soluções apresentadas pelos palestrantes foi à cultura do milheto e a palma
forrageira. Cláudio Magalhães apresentou os resultados de seus estudos a
respeito do milheto que é um tipo de forragem que produz excelente quantidade
de massa verde em solos arenosos, desde que não sejam úmidos, que pode ser
utilizado em silagem pastagem e fenagem. É mais resistente à seca do que o
sorgo e o milho; pode ser colhido, a partir de 42 dias de plantado; em solos
bons, compete bem com o mato; é resistente às pragas e doenças; pode ser
consumido em qualquer idade; pode ser dado no cocho, ensilado ou no campo; é
uma alimentação muito rica, principalmente quando é colhido antes do
florescimento; produz de três a quatro socas, quando é colhido antes do
florescimento. Com essas características essa forragem é ideal para a região,
além de muito nutritiva para os animais.
Paulo Suassuna falou sobre a palma, cactácea forrageira e comestível, de
origem americana e mexicana largamente difundida no nordeste brasileiro Seu uso
varia desde a alimentação ao gado, ovelhas, cabras e humana, paisagístico e
cerca-viva, como para a produção de corante natural, extraído de insetos
parasitas. A palma apresenta uma boa digestibilidade pelos ruminantes, sendo
uma alternativa de forragem durante as estiagens nas regiões sujeitas a esta
situação climática.
Foto:strporteirinha |
É fundamental que os agricultores de regiões semiáridas conheçam as
alternativas possíveis para a sua sobrevivência e qualidade de vida nessa
região, cultivando a terra e produzindo alimentos. Por isso o Sindicato dos
Trabalhadores Rurais de Porteirinha não mede esforços em planejar eventos como
esses que valorizam a informações e a consolidação de experiências positivas.
“O cenário de nossa região não precisa ser um filme de sofrimento... conviver
com o semiárido é a solução!”
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